Dentre os diversos termos polissêmicos e imprecisos que usamos ao falar sobre vinhos, “honesto” aparece com certa frequência. O que diabos é um vinho honesto? Será um eufemismo para dizer que é mais ou menos, fraquinho, chocho? Ou seria um vinho trabalhador, que cumpre seus deveres e suas promessas? Sim, para mim, um vinho honesto se encaixa nessa última descrição.
Antes de mais, algo deve ficar claro: honesto não quer dizer barato. Quer dizer simplesmente que o vinho cumpre seu papel, nem mais, nem menos. Se gastamos vinte reais, queremos ver tipicidade, harmonia, equilíbrio. Se gastamos cem, queremos elegância, complexidade, distinção.
Se isso e exatamente isso é o que recebemos, temos um vinho honesto. Se é menos, estamos diante de um caso de desonestidade, safadeza, maracutaia. Mas se é mais, aí sim estamos satisfeitos: é o vinho que entrega mais do que promete e do que custa, é a boa relação qualidade-preço, é uma pequena pepita que garimpamos, com cuidado e afinco, por anos, ao longo dos corredores de supermercados e importadoras.
Honesto, portanto, não é nem elogio nem eufemismo para um defeito. Honesto, enologicamente, é simplesmente aquele vinho que cumpre o que se propõe a fazer. Certo?
Não acho o comentário pertinente. Já que honestidade é uma característica humana e somente humana.
Um vinho portanto pode ser bom, bem feito, ruim, excelente, etc...
A honestidade fica para quem o elaborou e quem coloca o preço para revender./
Abraços
Beto Duarte
Pelo que li andou vendo meus pots no site enoteca neh... srsrrsrsrsr
vou tomar como um elogio, tah?
L.
Caro L., não tinha visto não.
Vou dar uma olhada!
Obrigado pelo honesto (e pertinente!) comentário, Beto!
Abração!!
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