Tenho
uma quedinha especial pela Primitivo. Normalmente ela dá origem a
vinhos potentes e cheios de caráter e, por ser uma variedade ainda pouco
divulgada e não integrar nenhuma DOC particularmente famosa, tem
preços convidativos. O sul da Itália, casa da Primitivo, é região que
merece ser explorada, tanto pelos tintos quanto pela grande variedade de
ótimos brancos.
O
Primitivo de hoje foi elaborado pela Rivera, tradicional vinícola da
Puglia, e consiste na junção de uvas elaboradas em duas regiões:
Manduria (60%) e Gioia del Colle (40%). Há estágio de seis a oito meses
em barricas de carvalho francês e mais seis meses de descanso em garrafa
antes de sair para o mercado. A safra 2007 levou 90 pontos de Robert
Parker.
Coloração
rubi muito intensa, com discretos sinais de evolução nas bordas. Logo
de início, um petardo de frutas negras em compota atingem seu nariz.
Amoras, mirtilos e ameixas reunidas em um suco primordial ainda
demonstram impressionante vitalidade. Logo após, surgem alguns toques
especiados, lembrando pimenta do reino e louro. Muito agradável. Em boca
é redondo e macio, bem mais tranquilo do que primitivos mais jovens. Há
um agradável final médio frutado/esfumaçado. Uma excelente compra por
cerca de R$ 35.
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