Já
provamos alguns poucos vinhos gregos por aqui. Por alguma razão, os
gregos tendem a ficar numa zona cinzenta de esquecimento, talvez pela
pouca variedade de propostas que chegam ao Brasil. É uma pena, já que,
como veremos, há boas e acessíveis opções.
A
região grega de Naousa é conhecida pela uva Xinomavro, que costuma
gerar vinhos tânicos e com bom potencial de guarda. Essa proposta da
Tsantali passa por estágio em barrica de carvalho francês por doze
meses. É interessante perceber que há um predomínio (90%) de madeira de
segundo e terceiro uso, o que ajuda a não sufocar o vinho.
Coloração rubi intensa e translúcida. No nariz, muitas especiarias:
louro, alecrim, pimenta do reino. Há um discreto invólucro de couro,
ferrugem e poeira, com alguma fruta ao longe. Dá pra sentir também uma
certa mineralidade, um componente terroso. Muito interessante. Em boca é
leve, discreto, sem muito corpo. Não empolga como no nariz, mas também
não desagrada. Taninos bem domados e álcool em ordem. Final médio. Bom
vinho.
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