A
família Peano, de origem piemontesa, produz vinhos na Patagônia desde
2002. O local escolhido foi El Cuy, na província de Río Negro. Trata-se
de uma região de clima seco, com grande diferença de temperatura entre
dia e noite. Temos aí um bom palco para a produção vitivinícola.
A
Bodega Viva engarrafa apenas suas melhores uvas, o que, normalmente,
corresponde a cerca de 10% da safra, destinando o restante para venda a
outros produtores. Grande parte dos processos de vinificação são
manuais. As quantidades são, portanto, limitadas. Desse Merlot que
provamos hoje, por exemplo, foram produzidas 2400 garrafas. Houve
estágio em barricas de carvalho francês por seis meses.
Visual
rubi leve e translúcido claramente tendendo ao ocre, com evidentes sinais de
evolução. No nariz, a confirmação da passagem do tempo: notas de frutas negras secas,
couro, tabaco, ferrugem e pimenta do reino. Uma beleza. Pode-se
dizer que está no ápice de sua maturidade. Um ano a mais talvez fosse seu limite . Em boca é denso, tem boa presença, tranzendo um final
persistente de café/ferrugem. Eis um belo Merlot que envelheceu bem.
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