O fim de ano é dominado pelos espumantes. Por mais que tentemos evitar o
frenesi e manter a mente aberta para experiências diferentes, a efervescência
borbulhante evoca nossos instintos festivos mais profundamente ocultos.
Boa oportunidade, portanto, para conhecer mais da principal contribuição
nacional para o mundo enológico. Nesse contexto, nada melhor do que ir atrás da
Casa Valduga, talvez o nome de maior peso no que concerne a espumante
brasileiro. Provamos hoje o Arte Tradicional, a proposta mais acessível da casa
em termos de borbulhas. Ainda assim, “no papel” já temos potencial para uma
excelente experiência, já que elaborado pelo método tradicional, com 60% de
Chardonnay e 40% de Pinot Noir e doze meses de maturação em cave.
Visual dourado pálido,
discreto e borbulhante, com perlage abundante e fino. No nariz, as notas
fermentadas estilo pão são intensas e claramente identificáveis, com frutas
brancas compondo o fundo. Em boca traz pouca acidez e vivacidade, mas não deixa
de ser interessante, com claro retrogosto frutado. Boa opção, por cerca de R$
40.
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