sábado, 18 de julho de 2015

Degustando com Manuel Bonomo, da Civielle!

Todos os detalhes do Lago di Garda!
Quando pensamos em Lombardia, vinho talvez não seja a primeira coisa que nos vem em mente. Provavelmente Milão, com sua badalada condição de capital da moda, ou mesmo os belíssimos recintos turísticos na beira do Lago de Garda, onde alemães vêm procurar o sol que lhes falta um pouco mais ao norte, nos ocorram mais facilmente. Pois é importante lembrarmos que muito vinho é feito na Lombardia, e com cada vez mais qualidade. E é justamente nas proximidades do celebérrimo Lago di Garda que encontramos um dos produtores mais interessantes da Lombardia. A Civielle vem se destacando com belíssimas interpretações da Groppello, uva autóctone da região. Os vinhos são importados com exclusividade para o Brasil pela Casa Rio Verde, que apresentou a mais recente importação em evento que contou com a participação do simpático Manuel Bonomo.

Aromas...
  Em rápida excursão pelo terroir e pelos vinhos da casa, que em breve mudará seu nome para Pergola, Bonomo mostrou todo o amor e paixão que sente pelo que produz em sua terra natal. Conduzindo verdadeira aula sobre as especificidades da região do Garda e das uvas tradicionais da região, Bonomo encanta a todos por sua receptividade e alegria. A Casa é entusiasta da viticultura orgânica e conta com certificado desde 1979.
 
A degustação teve início com o branco Carpione, que consiste em um corte de diversas uvas autóctones. São elas: Trebbiano di Lugana, Tocai di San Martino, Riesling Renano e Riesling Italico. Trata-se de um vinho muito fresco e intenso, de bela coloração dourada. No nariz, é muito aromático, com uma bela mistura de toques florais e de frutas tropicais. Em boca, tem boa acidez e certa mineralidade.
 




Em seguida, deparamos com um belíssimo rosé, ou “chiaretto”. Composto por Marzemino, Barbera e Sangiovese, a técnica do “vinho de uma noite” (rápido contato com as cascas) dá origem a vinho muito elegante, que foge aos tradicionais aromas de frutas vermelhas frescas para mostrar um intenso perfume de baunilha num fundo herbáceo. Intrigante e etéreo. Um dos melhores da noite.
 






Os tintos começam com o Trepió, um corte composto, predominantemente, por Groppello. O nome provém do tamanho médio dos vinhedos da casa na região de Valtenesi, de onde vêm as uvas para o vinho. Três “pió” correspondem a cerca de um hectare. Com um visual rubi claro, mostrou intensas notas frutadas estilo geleia. Alguma ferrugem aparece. Em boca é muito redondo, com taninos macios.
 





O Eusebio compõe a gama que goza de certificado de cultivo biológico. As uvas são colhidas manualmente. O predomínio no corte é, de novo, da Groppello. Há estágio de um ano em aço e de três meses em garrafa. Com visual bastante escuro e opaco, traz, no nariz, toques vegetais, abaunilhados e minerais. Em boca é macio, dócil e agradável.
 





O Elianto, também biológico, é um varietal Groppello que mostra, no nariz, um perfil muito condimentado, cheio de especiarias. Em boca traz frutas como cereja e ameixa, com discretos toques de canela e seiva.
 







O BROL é o grand cru da Casa. Trata-se de um corte de 50% Groppello, 30% Marzemino, 10% Sangiovese e 10% Barbera. Há estágio de 12 a 18 meses em carvalho, seguido de período de descanso em garrafa. No nariz, é poderoso, com muita fruta negra em compota com reflexos tostados, de couro e especiarias. Denso e majestoso.







Mais uma vez, nossos agradecimentos ao pessoal da Casa Rio Verde, que sempre nos recebe com carinho e atenção. Ao Manuel, desejamos sucesso na ambiciosa empreitada de mostrar ao mundo as joias enológicas da Lombardia!

Um belíssimo encontro!

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