Temos
uma indisfarçada admiração pela Viña Quebrada de Macul, produtora
chilena que, orientada pelo enólogo Jean Pascal Lacaze, vem fazendo
grandes tintos bem ao estilo Bordeaux. Seus belos vinhos vêm
acompanhados por rótulos igualmente admiráveis e criativos. Já provamos
grande parte da gama Peñalolen, a mais básica da casa. Hoje, provamos
este Anka, um corte complexo, uma verdadeira jambalaia de diferentes
cepas: 30% Cabernet Franc, 27% Cabernet Sauvignon, 24% Merlot, 11%
Syrah, 6% Petit Verdot e 2% Carménère.
Visual
rubi estupendamente opaco e obscuro. A alguma distância da taça já é
possível sentir as notas de frutas vermelhas e negras muito extraídas,
estilo tinta. Há, também, interessantes toques vegetais, estilo pimentão
verde, provavelmente provenientes da Cabernet Sauvignon. Em boca
demonstra, de novo, bastante extração, com foco em frutas como mirtilo e
amoras. Álcool controlado e taninos ainda bastante vivos. Bom vinho,
complexo e concentrado, que exige certo fôlego para dar conta de tamanha
extração. Um pouco mais de delicadeza seria bem-vinda.
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