Eis
que me deparo com uma simpática e despretensiosa garrafa de Torrontés
do vale de Calchaqui, província de Salta. Todos já sabemos do potencial
dessa uva nas elevadas altitudes do noroeste argentino, cujo clima frio e
seco é adorado pela Torrontés. Era difícil, contudo, prever o tamanho
da surpresa que estava por vir.
A
Bodega Tukma lança mão da experiência de José Luis Mounier para
produzir Malbec, Torrontés e Sauvignon Blanc. Os vinhos foram bem
recebidos pela crítica, alguns deles chegando a ultrapassar os míticos
90 pontos de Robert Parker. Como podemos perceber pelo rótulo, a bodega
orgulha-se dos Diaguita-Calchaquí, povo que habitava a região entre os
séculos VIII e XVI. Tukma era a palavra por eles utilizada para designar
o chefe. Esse Torrontés provém do vinhedo de Angastaco, pequena
propriedade de 3 hectares cujas videiras têm cerca de 40 anos.
Visual dourado intenso. No nariz, uma baita explosão de frutas
cítricas, pêra e melão junto a lindos toques florais. Em boca é
intensamente frutado, macio e redondo, de acidez moderada e agradável
final. Equilíbrado, refrescante e suculento, esse Torrontés é tudo que
se poderia esperar e muito mais. Por cerca de R$30, é uma excelente compra!
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