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Fábio Baptista
Prosseguindo em nossa série de Malbecs, estava ansioso para provar esse que foi elogiado pelo Escrivinhos e Enoleigos. Na safra 2008 chegou a conquistar os míticos 90 pontos da revista de Bob Parker. São doze meses de estágio em carvalho francês e americano e bombásticos 15% de álcool.
Somos cumprimentados por uma peculiar rolha sintética preta, com impressão do logo da vinícola em qualidade bem precária. Coloração rubi intensa, mas ainda translúcida, com discreto halo aquoso. Este é, provavelmente, o vinho mais absurdamente frutado que já experimentei nos últimos tempos. É uma ótima oportunidade para aqueles que sempre dizem sentir cheiro de vinho: um mar de frutas negras como amora, groselha preta e mirtilo. Às vezes aparece um pouco de tabaco e madeira também. Em boca é de novo muito frutado, estruturado, com taninos bem presentes, mas sem incomodar. Os altos 15% de álcool são até bem gerenciados, não chegam a interferir fortemente. Final relativamente prolongado, aparecendo um pouco mais da madeira.
É um legítimo Hedonistic Fruit Bomb, pela incrível quantia de R$ 12,90 a meia garrafa! Um prato cheio para aqueles que apreciam vinhos potentes, frutados, violentos e diretos, sem maiores elucubrações. É como uma moça incrivelmente linda mas sem nada de mais. Um vinho para sair às vezes, sem construir nada de mais sólido.
Concordo. Álcool demais (volatizado) na taça. Não senti o cheiro das frutas pois o álcool matou o vinho.
Adoro os malbecs....mas nada como uma elegância de um bom corte bordalês parar arredondar, amanteigar as imperfeições da natureza.
Esse vinho estragou meu almoço.
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