Não é mais mistério para ninguém que Portugal consiste em uma
espécie de paraíso para o enófilo consciencioso de suas economias. Brancos
estupendamente refrescantes, tintos cheios de personalidade, tudo a preços muito
convidativos. Por aqui mesmo, já tivemos inúmeras demonstrações do porquê
devemos estar sempre atentos às aprontações da terrinha em matéria
vitivinícola. Ultimamente, fui surpreendido por uma proposta muito em conta do
conglomerado Carmim, uma cooperativa que reúne cerca de mil produtores no Alentejo. Este Pátria, um tradicional corte de Castelão, Aragonez e
Trincadeira que não passa por madeira, pode ser encontrado por menos de R$ 20.
No visual, um rubi translúcido. No nariz, frutas simples e diretas
acompanhadas por algum fumo. Sem rodeios. Em boca, densidade, peso e corpo não
facilmente encontráveis nessa faixa de preço, uma explosão frutada com um
agradável final que dura mais do que se poderia esperar. É realmente difícil
brigar com os portugueses no quesito barganhas enológicas!
Deixe seu comentário