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Fábio Baptista
Já
tivemos a oportunidade de conhecer a D.O. Almansa durante os eventos promovidos pela Casa Rio Verde e pela enóloga Marcia Carcano. Foi com satisfação, então, que constatei que o Verdemar acaba de trazer uma série de novos espanhóis, entre os quais, diversos Almansa.
A Garnacha
Tintorera (Alicante Bouschet na França) e a Monastrell (Mourvèdre para
os franceses) reinam supremas na região. A jovem Bodega Atalaya, parte
do conglomerado Oro Wines, foi fundada em 2007 e já produz três tintos, dentre os quais este Laya é o mais simples e acessível. Trata-se de um
corte típico de Almansa, com 70% de Garnacha Tintorera e 30% de
Monastrell. Há estágio de quatro meses em barricas de carvalho francês.
Os 14,5% de álcool são um testemunho do temperamento arretado da
Garnacha.
Visual
rubi intenso mas ainda bem translúcido. No nariz, claras notas de
especiarias como pimenta do reino e alecrim se misturam a toques de
madeira, baunilha e alcaçuz. As frutas estão em segundo plano. Em boca é
vivo, tem bom corpo, trazendo frutas negras. Um belo vinho, com perfil
aromático marcadamente diferente em relação aos chilenos e argentinos
que dominam nosso mercado. Boa opção para sair da mesmice.
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