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Fábio Baptista
Há algum tempo provamos o Cabernet Sauvignon da mesma linha Reserva desse tradicional produtor argentino. A impressão não foi das melhores. Vamos ver se esse Pinot muda o jogo.
Todos sabemos da mística que envolve essa uva: os míticos borgonhas estão entre os vinhos mais cultuados do mundo, enquanto milhares de produtores tentam embarcar na onda. Isso acabou gerando uma enxurrada de Pinots que ou são desprovidos de expressão ou se comportam como violentos Syrah. Esse Pinot da Nieto não passa por madeira, o que pode ser um indicativo de que tentaram preservar o verdadeiro caráter da uva. Por outro lado, 13,5% de álcool pode ser um pouco demais. Vamos ver.
Visual rubi bem leve e translúcido, bem ao estilo Pinot Noir. No nariz, temos uma festa de frutas vermelhas frescas: morango, framboesa, groselha. Tive a impressão de sentir também um certo especiado, não sei. Em boca, é, de novo, bastante leve, frutado, descontraído e simples. Gostoso e refrescante de beber. Sem problemas quanto ao álcool.
Trata-se de um vinho simples, bem feito, que cumpre o objetivo de ser um Pinot básico e agradável. Vale a pena conhecer. Por R$ 29, é uma boa compra.
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