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Fábio Baptista
O Sagrantino di Montefalco é um vinho ainda pouco divulgado e conhecido. Segundo as regras DOCG, deve ser feito apenas com uvas Sagrantino, cultivadas na região de Montefalco, no estado da Úmbria, para alguns, o "coração" da Itália. É um senhor vinho, que deve envelhecer por 30 meses antes de ser comercializado, com pelo menos 13% de conteúdo alcoólico, sendo comuns Sagrantinos com mais de 14%. Trata-se de uma das uvas mais tânicas do mundo!
O vinho em questão é produzido pela Brogal Vini, com a marca Vignabaldo e é da safra 2005. Não consegui localizar esse produto no site deles. A expectativa era grande para provar essa jóia italiana. Visualmente interessante, uma bela coloração, bem intensa no centro com um discreto halo alaranjado, demonstrando já sua idade relativamente avançada. No nariz, contudo, a decepção. Ferrugem. MUITA ferrugem. Pegue um pedaço de aço que ficou no tempo por uns 20 anos, dê uma bela lambida e pronto! É esse vinho! Não era uma ferrugem delicada, do tipo que pode aparecer nos vinhos já mais antigos. Era o presságio da decadência. Certamente, daqui um ou dois anos estará próximo do intragável. Mesmo provando novamente várias horas depois de aberto, o prego enferrujado ainda estava lá. Inconformado, decidi deixá-lo aberto por um dia e ver no que dava. Houve alguma melhora, certamente. Começaram a aparecer algumas notas de cereja, couro e chocolate. Na boca, contudo, continuava um pouco desequilibrado, ácido, bem sem graça, com poucos sabores, meio ralo, alcoólico. Bem tânico, mas não tanto como pensava que seria. Já tomei Primitivos bem mais secos e tânicos. Retrogosto bastante fraco.
Enfim, pode ter sido um problema específico dessa garrafa ou pode ser a prova cabal de que não basta uma denominação de origem de respeito pra se fazer bons vinhos. Vale dizer que este é dos Sagrantinos mais baratos. Na promoção, saiu de 10 por 7,90 euros.
Vale a pena provar outro. Continuaremos em busca da lenda de Montefalco!
O vinho em questão é produzido pela Brogal Vini, com a marca Vignabaldo e é da safra 2005. Não consegui localizar esse produto no site deles. A expectativa era grande para provar essa jóia italiana. Visualmente interessante, uma bela coloração, bem intensa no centro com um discreto halo alaranjado, demonstrando já sua idade relativamente avançada. No nariz, contudo, a decepção. Ferrugem. MUITA ferrugem. Pegue um pedaço de aço que ficou no tempo por uns 20 anos, dê uma bela lambida e pronto! É esse vinho! Não era uma ferrugem delicada, do tipo que pode aparecer nos vinhos já mais antigos. Era o presságio da decadência. Certamente, daqui um ou dois anos estará próximo do intragável. Mesmo provando novamente várias horas depois de aberto, o prego enferrujado ainda estava lá. Inconformado, decidi deixá-lo aberto por um dia e ver no que dava. Houve alguma melhora, certamente. Começaram a aparecer algumas notas de cereja, couro e chocolate. Na boca, contudo, continuava um pouco desequilibrado, ácido, bem sem graça, com poucos sabores, meio ralo, alcoólico. Bem tânico, mas não tanto como pensava que seria. Já tomei Primitivos bem mais secos e tânicos. Retrogosto bastante fraco.
Enfim, pode ter sido um problema específico dessa garrafa ou pode ser a prova cabal de que não basta uma denominação de origem de respeito pra se fazer bons vinhos. Vale dizer que este é dos Sagrantinos mais baratos. Na promoção, saiu de 10 por 7,90 euros.
Vale a pena provar outro. Continuaremos em busca da lenda de Montefalco!
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