segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Primitivo Donna Marzia - Conti Zecca - 2008

    Primitivo na Itália, Zinfandel nos Estados Unidos, Crljenak na Croácia. Três nomes para designar a mesma uva. Como quer que se decida chamá-la o certo é que ela pode dar origem a vinhos bombásticos, cheios de frutas negras e especiarias. A casa do Primitivo na Itália é a Puglia, o taco da bota, terra de clima tipicamente mediterrâneo.
    A Azienda Conti Zecca produz, há cinco séculos, os vinhos tradicionais do Salento, sul da Puglia, região de belíssimas praias ensolaradas. A linha Donna Marzia é a mais básica da casa. É sempre curioso quando os produtores decidem não revelar as uvas que entram nos cortes. Este é um caso: 85% Primitivo e o restante de "outras variedades". Que diabos será que eles estão colocando nessas garrafas? Enfim, o vinho não passa por madeira e tem respeitáveis 14% de teor alcoólico.
    Coloração rubi intensa e opaca, mas com evidente halo aquoso. No nariz é um típico Primitivo: os atores principais são as frutas negras, muitas amoras pretas e ameixas. O café e alguma madeira vegetal (!) fazem uma ponta nesse filme. Na boca é potente, cobre o palato com frutas negras. Equilibrado, com final razoavelmente persistente. Taninos bem integrados. Este é um vinho que deve ser consumido a uma temperatura mais baixa do que o habitual: as altas temperaturas podem deixá-lo desequilibrado, muito alcoólico, muito doce. Simples, rústico, mas honesto, surpreende pelo preço em conta: três euros e uns quebrados. 

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