terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Embalagens alternativas - Heresia ou salvação?

    Este é um dos tópicos mais controversos no mundo dos vinhos. Rios de sangue já correram, cabeças já rolaram nos embates entre os defensores e os críticos das embalagens alternativas. As tampas de rosca (e as rolhas sintéticas!) nasceram com o intuito de resolver um dos grandes inconvenientes da cortiça: a contaminação pelo tricloroanisol, ou TCA, que destrói uma quantidade considerável de garrafas. São mais baratas e recicláveis. Perde-se, contudo, o charme de abrir a garrafa e parecem não ser tão confiáveis para o envelhecimento de vinhos. Os Tetra Paks dão um passo além: substituem a pesada embalagem de vidro por algo mais leve e econômico. Os Bag-In-Box resolvem um grande problema para aqueles que bebem sozinhos e não se conformam com os preços extorsivos que normalmente atingem as meias-garrafas: as sobras de vinho. De fato, essas embalagens podem conservar seu conteúdo por até um mês.
    O mais surpreendente em toda a discussão envolvida é que quase sempre não se concebem as várias soluções como complementares. Certamente, não gostaria de ver um Brunello, que pode viver 20 ou 30 anos, num Bag-In-Box, mas esses vinhos são especiais e compõem uma parcela diminuta do mercado. Para a imensa maioria dos vinhos consumidos no Brasil as embalagens alternativas constituem uma opção viável, econômica e simples. Resta vencer todo o preconceito dos consumidores. Resta nos darmos conta de que entre embalagens alternativas e vinhos medíocres há, no máximo, correlação, mas não causalidade.

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