domingo, 16 de janeiro de 2011

O que fazer com o vinho que sobrou?

    Inspirado pelo excelente vídeo do colega Daniel Perches, do Vinhos de Corte, pensei em abordar a velha questão que atormenta todos aqueles que bebem sozinhos, têm uma garrafa de 750ml e querem evitar o alcoolismo: o que fazer com o vinho que sobrou na garrafa? A bebida de Baco tem no oxigênio um parceiro traiçoeiro, que pode liberar toda a sorte de aromas e sabores anteriormente escondidos pelos anos de hibernação, mas que, ao mesmo tempo, é responsável pela sua decadência, lenta e gradual. No mercado, temos incontáveis bugigangas que prometem conservar os restos de vinho: tampas mecânicas, bombas a vácuo, seladores eletrônicos. Nunca usei estes dois últimos métodos, mas devo advogar pelo mais simples e tosco deles: coloque a rolha de volta na garrafa!
    Tenho observado que uma garrafa de vinho com a rolha bem recolocada pode sobreviver tranquilamente por uns dois dias de geladeira. É óbvio que tudo depende do vinho em si, vez que alguns já chegam quase mortos para nós. Outro ponto crucial é que a rolha deve ser reinserida pelo menos até a metade, para garantir uma boa vedação. Vale a pena guardar rolhas de espessuras diferentes, para reutilizá-las em vinhos com tampa de rosca ou espumantes, cujas rolhas expandem muito após a abertura. 
    Se tudo der errado, ainda podemos fazer vinagre!

Paulo Queiroz disse...

Sou a favor da tese: "Não fazemos prisioneiros"

Abraços
Paulo

Fábio Baptista disse...

Hahaha... realmente, é a melhor filosofia!

Alexandre disse...

O problema é que quando você recoloca a rolha o ar já tá lá dentro, então não faz tanta diferença...

As bombas de vácuo são relativamente eficientes, pois tiram a maior parte do ar de dentro da garrafa, mas você nunca sabe se tirou tudo.

O melhor método que eu conheço é pegar uma garrafinha daquelas de água mineral (pode ser de 200, 300 ou 500 ml, a depender da quantidade de vinho), e encher com o vinho. Depois de colocar todo o vinho, você aperta a garrafa, amassando-a e expulsando todo o ar. Aí é só vedar a garrafa.

Você tem uma garrafinha horrenda de água, nem um pouco charmosa, mas cheia de vinho e praticamente sem ar dentro.

Fábio Baptista disse...

Alexandre, esse método da garrafinha parece genial! Haha...
A questão é que a rolha, ou qualquer outra coisa que vc coloque lá, impede a circulação de oxigênio e a entrada de aromas estranhos, como o temível "cheiro de geladeira". Além de que a quantidade de oxigênio numa garrafa pela metade e a superfície de contato do vinho com o gás não são grandes (ao contrário do que acontece num decanter), portanto, ele pode sobreviver por algum tempo. Enfim, costuma funcionar para mim! hahaha

Marcilene Coelho disse...

Fábio, acho bastante louvável sua preocupação em "entornar " uma garrafa inteira sozinho, por motivos que são bastante óbvios para quem é da área da saúde, como eu. No entanto, não sejamos xiítas! Alguns vinhos muito especiais, como aqueles que são para beber "de joelhos", realmente não merecem uma temporada na geladeira. Acho interessante notar que, não é comum o alcoolismo estar associado à ingestão exclusiva de vinho, como atestam as estatísticas francesas.
CILENE

Fábio Baptista disse...

Esses franceses sabem das coisas!

Luciano disse...

Realmente, beber sozinho é terrível, e sempre sobra vinho. Eu tenho usado uma bomba de vácuo para guardar a garrafa na geladeira. Costumo abrir pelo menos uma garrafa por semana, e a bebo pelos dois ou três dias seguintes. As vezes o vinho fica até melhor, como o Rutini Malbec que bebi essa semana. Abri a garrafa na quarta-feira, ontem nao bebi, e hoje o achei melhor, tanto que matei a garrafa. Mas isso depende muito do vinho. De qualquer forma, vale a pena comprar a bomba de vácuo, sai por menos de 50 reais.

Fábio Baptista disse...

Realmente, eu tinha a impressão de que esses badulaques para conservação de vinhos custassem mais caro.

Valeu!

Glauber disse...

Gostei muito do post e dos comentários, o que tem funcionando em minha casa é usar a bomba de vácuo, mas não colocar na geladeira, deixar na adega mesmo, posso estar enganado, mas acredito que a temperatura da geladeira não tenha sido saudável para alguns prisioneiros.. rsss

Abs.

Glauber

Fábio Baptista disse...

Valeu pela dica, Glauber!

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