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Fábio Baptista
Pelo menos em BH, é raro encontrar vinhos do Velho Mundo abaixo da faixa dos 30 reais e normalmente, nesse setor, não conseguem competir com os chilenos e argentinos. Ao encontrar este Bordeaux por meros 20 reais, no Verdemar, tinha consciência de que muito provavelmente não seria uma boa escolha. Mas não resisti. Nada encontrei na internet sobre esse Chateau Lalaurie. No contra-rótulo há apenas a indicação do produtor, um tal de E.A.R.L. Vignobles, e a descrição do corte, 70% Malbec e 30% Cabernet Sauvignon. A região de procedência é Faleyras, pequenino vilarejo a leste da cidade de Bordeaux, o que dá direito apenas à apelação Bordeaux genérica.
Coloração rubi bastante opaca e intensa. No nariz se mostra agradável, trazendo alguma fruta negra (amora) e um fundo mais obscuro e indistinto, lembrando café. Em boca é bem pior, estilo fantasma, com pouco corpo, sabores muito fracos e apagados que morrem antes mesmo de você se dar conta que eles existem, deixando um amargor residual. O álcool e os taninos não incomodam. Não é um desastre, mas dá pra achar coisas melhores por 20 reais.
Gosto é gosto! Et vive la diference! Tomei esse vinho nesta semana e amei.Torço pra encontrar pelo menos uma caixa no Verdemar
o 2011 está bem melhor. Em se tratando de velho mundo, nessa faixa de preço, é um achado. Agora, para quem só curte vinhos de alta concentração, melhor ficar no novo mundo mesmo. O Lalaurie é para quem procura um pouquinho de elegância nesse mar de fruitbombs...
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