O documentário de Jonathan Nossiter é mais um daqueles filmes imperdíveis sobre vinho. Aqui temos uma espécie de antítese de Sideways: filmado com uma câmera portátil, Mondovino nos mostra as entranhas, o lado B da vinicultura, com entrevistas a renomados produtores dos Estados Unidos, França e Itália. Passeando pelos vinhedos e lançando mão de ângulos e focos inusitados, Nossiter ressalta a todo tempo a dicotomia entre tradição e globalização, o velho e o novo, o terroir e a indústria. Figurões como Robert Parker, Michel Rolland e os Mondavi são demonizados como arautos da homogeneização enológica promovida pelos novos tempos.
Sem querer destrinchar questões complexas como os efeitos, positivos e negativos, da globalização e massificação, creio que a verdadeira lição que tiramos de Mondovino não é tanto a de que existem heróis e vilões enológicos. Temos gostos e preferências diferentes, mas é importante mantermos a cabeça aberta. A quantidade de vinhos que temos para provar por aí é grande demais para nos prendermos a modelos pré-definidos de bom e ruim.
Sem querer destrinchar questões complexas como os efeitos, positivos e negativos, da globalização e massificação, creio que a verdadeira lição que tiramos de Mondovino não é tanto a de que existem heróis e vilões enológicos. Temos gostos e preferências diferentes, mas é importante mantermos a cabeça aberta. A quantidade de vinhos que temos para provar por aí é grande demais para nos prendermos a modelos pré-definidos de bom e ruim.
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