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Fábio Baptista
A Planeta é um dos colossos enológicos da Sicília. A jovem vinícola, fundada em 1990 por Alessio, Santi e Diego Planeta, se destacou pela busca por qualidade numa região até poucas décadas atrás famosa pelas torrentes de vinhos genéricos e monótonos. Não tardaram a aparecer os tre bicchieri do Gambero Rosso.
Burdese, no dialeto local, quer dizer “bordalês”, numa referência às uvas que entram no corte: 70% de Cabernet Sauvignon e 30% de Cabernet Franc. São 14 meses de envelhecimento em barricas e mais 12 em garrafa. Teor alcoólico a 14,5%.
Este talvez seja o tom mais escuro de rubi que já vi num vinho. O intenso e impenetrável poço de petróleo está circundado por um discreto halo ferrugem/granada, que denota a evolução ao longo dos sete anos de idade deste vinho. O nariz também mostra a passagem do tempo, com claras notas de café unidas a ferrugem e couro. Em segundo plano temos frutas negras em compota e um discreto toque floral. Interessante e complexo. Com o tempo na taça, o cafezal foi tomando conta, até subjugar completamente as frutas. Na boca é macio e sedoso, redondo e equilibrado, mostrando um meio de boca de extremo café que se transforma num longo final caramelado. Taninos discretos, sem excesso de álcool. Sinceramente, esperava um vinho-trator hiper frutado a la Novo Mundo, mas os anos em garrafa já amaciaram a alma deste rapaz. Talvez aguentasse mais um ou dois anos, mas não teria estrutura para um envelhecimento mais prolongado. De todo modo um Vinhão! Custou 15,90 Euros na Itália. A Costi Bebidas pede R$ 133 pela garrafa.
Burdese, no dialeto local, quer dizer “bordalês”, numa referência às uvas que entram no corte: 70% de Cabernet Sauvignon e 30% de Cabernet Franc. São 14 meses de envelhecimento em barricas e mais 12 em garrafa. Teor alcoólico a 14,5%.
Este talvez seja o tom mais escuro de rubi que já vi num vinho. O intenso e impenetrável poço de petróleo está circundado por um discreto halo ferrugem/granada, que denota a evolução ao longo dos sete anos de idade deste vinho. O nariz também mostra a passagem do tempo, com claras notas de café unidas a ferrugem e couro. Em segundo plano temos frutas negras em compota e um discreto toque floral. Interessante e complexo. Com o tempo na taça, o cafezal foi tomando conta, até subjugar completamente as frutas. Na boca é macio e sedoso, redondo e equilibrado, mostrando um meio de boca de extremo café que se transforma num longo final caramelado. Taninos discretos, sem excesso de álcool. Sinceramente, esperava um vinho-trator hiper frutado a la Novo Mundo, mas os anos em garrafa já amaciaram a alma deste rapaz. Talvez aguentasse mais um ou dois anos, mas não teria estrutura para um envelhecimento mais prolongado. De todo modo um Vinhão! Custou 15,90 Euros na Itália. A Costi Bebidas pede R$ 133 pela garrafa.
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