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Fábio Baptista
O Verdemar importa grande parte dos produtos da gigante African Terroir, empreendimento do suíço Jacques Germanier em terras sul-africanas. A vontade de experimetar a Pinotage era grande e, quando vi este africano na promoção por R$ 23,90, não tive dúvidas.
Este bizarro cruzamento entre Pinot Noir e Hermitage (Cinsaut), obra de um professor de vinicultura da Univerdidade de Stellenbosch, se tornou a uva símbolo da África do Sul. A página do produtor prefere lançar afirmações vazias sobre a beleza do clima e da geografia sul-africana ao invés de trazer detalhes técnicos, então somos obrigados a um voo cego. Só espero que tenha pelo menos 70% de Pinotage!
Coloração rubi com alguns reflexos granada, muito leve e transparente. No nariz é bem diferente do que normalmente encontramos por aí, trazendo muito couro, madeira, alecrim e um toque de baunilha. As frutas ficam em segundo plano. Em boca é bastante leve, discreto e monótono, com um pouco mais de frutas negras (ameixa), que logo somem. Pouco estruturado, o álcool aparece, incomodando um pouco. Taninos quase inexistentes. Não é nada de extraordinário, mas agrada pelas notas mais alternativas que aparecem principalmente no nariz.
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