Comecei a dar minhas primeiras corridas mais ou menos ao mesmo tempo em que começava a apreciar meus primeiros goles de vinho. Antes disso, correr por nada era inútil e vinho era só um treco estranho como todos os outros “álcoois”.
De uns tempos pra cá comecei a pensar que poderia haver algo em comum entre o vinho e a corrida, uma espécie de revelação dos sentidos. Na corrida, você é obrigado a acertar as contas com cada centímetro do seu corpo, que insistentemente pede: CHEGA! A recompensa vem depois, na forma de um relaxamento pleno. O vinho te mostra que você realmente tem um nariz e que, dentre outras coisas, ele pode ser usado para... cheirar! De modo meio automático, passamos a girar e cheirar tudo que possa ser colocado num copo. Em busca dos sabores, provamos frutas estranhas.
O vinho e a corrida abrem novos horizontes de estímulos sensoriais antes desconhecidos. São caminhos para o autoconhecimento.
Nunca tinha pensado por esse lado... Se pensar, faz um certo sentido, sim...
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