A família Pizzato, de origem italiana, começou a engarrafar e vender seus próprios vinhos apenas em 1999, apesar de já ter, à época, um longo retrospecto no cultivo da uva. Doze anos depois, o empreendimento se revela um sucesso: os vinhos caíram na graça dos brasileiros em razão do bom custo/benefício.
Já há algum tempo eu queria experimentar essa linha Fausto, a mais básica da casa, produzida em Dois Lajeados, no Rio Grande do Sul. Encontrei apenas a safra 2005 no Super Nosso, por coisa de R$ 28, 29. Seis anos de supermercado são uma judiação sem fim para qualquer vinho, então sejamos cautelosos. Uma pequena parcela (10%) deste varietal Merlot passa por “breve passagem em barris de carvalho americano”.
Coloração rubi intensa e impenetrável, com discreto halo aquoso. No nariz temos frutas negras (ameixas, amoras) em evidência circundadas por alguma ferrugem terrosa enigmática. Por vezes deu para sentir também alecrim. Bem tímido, tanto no nariz quanto em boca, onde se mostra pouco estruturado e muito leve, praticamente sem taninos. O álcool não incomoda. Um bom vinho, que parece já ter passado do ponto. Vale provar uma safra mais recente.
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