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Fábio Baptista
Quase nada consegui encontrar a respeito da Azienda Agricola Fornacella. Ao que parece, trata-se de uma micro-vinícola, que nem mesmo site possui. O contra-rótulo, contudo, traz informações preciosas: as uvas, de vinhedos próprios, são colhidas à mão e vinificadas de maneira tradicional. São três anos de estágio em barris de carvalho da Eslovênia e mais um em garrafa. A produção é de apenas 5333 garrafas. Álcool a 13,5%.
No visual, já demonstra certa evolução, com halo granada envolvendo um centro rubi intenso. No nariz temos tabaco, frutas secas, couro, ferrugem, alcaçuz e traços de menta. Em boca tem muita presença, traz notas minerais terrosas e se mostra o típico italiano: taninos absolutamente agressivos e acidez poderosa. Persistência meio curta, pareceu já um pouco cansado, fora do seu tempo, talvez oxidado. Demonstrou menor complexidade e equilíbrio do que o Brunello da Castello Banfi, de mesma safra, que provamos aqui. Talvez tenha sido mal armazenado ou transportado, mas o fato é que às vezes os grandes ícones desapontam. Este foi o caso, desta vez.
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