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Fábio Baptista
A mistura Côtes du Rhône e cooperativa pode não ser das mais atrativas, a princípio. Neste caso, porém, há razões para pensar melhor: os Vignerons de Estézargues, pequeníssimo vilarejo com a incrível marca de 384 habitantes, em 1999, adotam técnicas interessantes como uso de leveduras naturais e “não-filtragem” do vinho. Além disso, cada um dos 10 produtores elabora, com suas melhores uvas, um próprio “Grand Cru”.
Este que tomamos hoje é um corte de 70% Grenache, 20% Syrah, 5% Carignan e 5% Mourvèdre. O rótulo é bacana, meio minimalista e descontraído e a rolha, de cortiça, é grande e bonita, como nos velhos tempos.
No visual mostra um rubizão quase preto, opaco, praticamente um buraco negro. No nariz é muito puxado para as notas de especiarias, pimenta, principalmente. Há também alcaçuz, café, amoras e ameixas. Em boca é muito poderoso, encorpado, frutado, mas os 14,5% de álcool aparecem, exagerados. Final alcoolizado curto/médio.
É uma opção acessível, (R$ 29,90) com toda a “cara” do Rhone e da Grenache. Vale a pena conhecer.
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