Todas as criações humanas envolvem uma certa dose de paixão, contradição, ideologia e filosofia. A vinicultura não é exceção. Os atos de plantar, colher, fermentar e engarrafar são a mera exteriorização de uma concepção. Hoje assistimos ao embate entre duas grandes ideologias vinícolas: a "moderna", das pequenas barricas, fruit-bombs e flying winemakers e a "tradicional", dos enormes barris de carvalho e produção familiar, nos exatos moldes de séculos e séculos de história. O vinho de hoje, um dos grandes "B`s" da Itália, é um belo exemplar da última corrente.
O Barbaresco pode ser considerado uma espécie de irmão do Barolo, vez que são ambos interpretações da uva Nebbiolo. Os dois vilarejos se situam na região de Langhe, no Piemonte, noroeste da Itália. A Sociedade Produttori del Barbaresco exala tradição por todos os lados, dos rótulos, que parecem ter sido concebidos na década de 60, aos gigantescos barris de carvalho. Vinhos de cooperativas são normalmente tidos por inferiores, mas a Produttori tem sempre conseguido boas análises da crítica, especialmente por seus Barbarescos mais refinados. A sociedade foi fundada por um padre em 1958 e dedica-se exclusivamente à Nebbiolo. Ao contrário dos rótulos mais caros, que provém de vinhedos específicos, esse Barbaresco é uma espécie de mexidão de diversas localidades. As uvas que não estão à altura da denominação são usadas num varietal Nebbiolo, o vinho de entrada da casa, que parece ser também bastante interessante. Envelhecido por vinte meses em carvalho, tem 14% de teor alcoólico.
O visual é típico Nebbiolo, de um rubi translúcido com belos tons alaranjados, que evidenciam seus seis anos de idade. Esse é daqueles vinhos que devem ser tomados sem pressa. Ele precisa respirar. Logo depois de aberto se mostra muito fechado. Algumas horas depois surge um nariz interessante, de notas minerais, terra, chocolate e alguma cereja. Este é um típico bouquet do velho mundo, com muita terra e belos nuances florais, não temos aqui a gratificação instantânea dos fruit-bombs. Fica ainda melhor na boca, os componentes aromáticos retornam com muita intensidade, cobrindo todo o palato. Os taninos estão ainda bem vivos, basicamente transformando a boca num deserto, tudo ao estilo bem Nebbiolo de ser. Persistência média-longa. Consegue ser muito intenso e, ao mesmo tempo, delicado. Belo vinho, claramente na contramão das tendências "modernizantes". 16,90 Euros.
O Barbaresco pode ser considerado uma espécie de irmão do Barolo, vez que são ambos interpretações da uva Nebbiolo. Os dois vilarejos se situam na região de Langhe, no Piemonte, noroeste da Itália. A Sociedade Produttori del Barbaresco exala tradição por todos os lados, dos rótulos, que parecem ter sido concebidos na década de 60, aos gigantescos barris de carvalho. Vinhos de cooperativas são normalmente tidos por inferiores, mas a Produttori tem sempre conseguido boas análises da crítica, especialmente por seus Barbarescos mais refinados. A sociedade foi fundada por um padre em 1958 e dedica-se exclusivamente à Nebbiolo. Ao contrário dos rótulos mais caros, que provém de vinhedos específicos, esse Barbaresco é uma espécie de mexidão de diversas localidades. As uvas que não estão à altura da denominação são usadas num varietal Nebbiolo, o vinho de entrada da casa, que parece ser também bastante interessante. Envelhecido por vinte meses em carvalho, tem 14% de teor alcoólico.
O visual é típico Nebbiolo, de um rubi translúcido com belos tons alaranjados, que evidenciam seus seis anos de idade. Esse é daqueles vinhos que devem ser tomados sem pressa. Ele precisa respirar. Logo depois de aberto se mostra muito fechado. Algumas horas depois surge um nariz interessante, de notas minerais, terra, chocolate e alguma cereja. Este é um típico bouquet do velho mundo, com muita terra e belos nuances florais, não temos aqui a gratificação instantânea dos fruit-bombs. Fica ainda melhor na boca, os componentes aromáticos retornam com muita intensidade, cobrindo todo o palato. Os taninos estão ainda bem vivos, basicamente transformando a boca num deserto, tudo ao estilo bem Nebbiolo de ser. Persistência média-longa. Consegue ser muito intenso e, ao mesmo tempo, delicado. Belo vinho, claramente na contramão das tendências "modernizantes". 16,90 Euros.
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