A região da Lombardia, norte da Itália, é um grande pólo financeiro, enologicamente reconhecida por espumantes como o Franciacorta (que já provamos aqui). Os tintos são feitos em sua maioria na região de Valtellina, paraíso dos esquiadores, próxima à fronteira com a Suíça. A uva mais comum aqui é a Chiavennasca, que nada mais é do que o nome local para a Nebbiolo. Dentre as diversas subregiões que compõem a Valtellina, uma se destaca pelas altas temperaturas durante o verão, daí o nome, Inferno.
O vinho de hoje, produzido pela Casa Vinicola Pietro Nera, é um varietal Nebbiolo que estagia um ano em barril e mais outro em garrafa. Teor alcoólico a 13%.
Coloração típica da Nebbiolo, rubi altamente transparente. No nariz temos muitas frutas vermelhas frescas, principalmente morango e cereja, com alguma nota vegetal de fundo. Na boca é muito leve e simples, traz alguma fruta e logo logo morre, com um teco de álcool incomodando no final. Não há nada que faça lembrar dos 12 meses em madeira. Taninos completamente mortos e apagados, o que não é usual para um varietal Nebbiolo. Estranho, muito estranho, é tudo o que podemos dizer por hoje. Custou cerca de sete euros.
Deixe seu comentário