Espumantes são quase sempre associados a ocasiões festivas. O líquido borbulhante, devidamente servido em uma bela e delicada flute, parece ser o símbolo absoluto de comemorações em geral. É fato, contudo, que o Brasil é um dos nomes internacionalmente badalados quando o assunto é espumante. Além disso, cada vez mais se reconhece a qualidade de espumantes alternativos aos clássicos e caros Champagnes, como o Cava espanhol e o Franciacorta italiano. O mundo das borbulhas guarda interessantes descobertas e seria uma tristeza restringir seu consumo a um punhado de datas festivas.
Foi nesse espírito que resolvi experimentar essa proposta da Viniterra. Trata-se de um espumante elaborado pelo método tradicional, com um corte que remete ao dos Champagnes: 80% Pinot Noir e 20% Chardonnay. Teor alcoólico a 12,5%. Vale chamar a atenção para a beleza da garrafa e do rótulo, realmente um belo trabalho que valoriza o produto.
Visual bastante interessante, dourado com claras nuances de rosado, resultado de um contato mais prolongado com as cascas de Pinot Noir. No nariz é dominado por frutas cristalizadas, nozes e algo como um bolo. Em uma palavra, este vinho cheira a Panetone. Tem boa acidez, mas o final mostrou excesso de álcool. Um bom espumante a um preço justo, cerca de 25 reais.
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