Um dos mais interessantes aspectos de se manter uma plataforma de escrivinhação e registro enológico como esta que nos acompanha há mais de um lustro é, por certo, a oportunidade de se construir uma certa memória, um certo repertório vinícola. Qual não foi nossa surpresa ao nos depararmos com este post, publicado há quase quatro anos, em que provamos esse mesmo Vinha do Bispado em sua safra 2010? A possibilidade de compararmos nossa impressão a respeito do mesmo vinho, ainda que em diferentes safras, é muito interessante. Pois bem. No decorrer desses dois anos que separam as duas safras, o corte do Vinha do Bispado permaneceu o mesmo, ao menos em termos de variedades: Touriga Nacional, Touriga Franca e Tinta Roriz. O rótulo, por sua vez, mudou. E como ficou bonito!
Coloração rubi escuro, quase opaco. No nariz, um amálgama de especiarias como alecrim e pimenta do reino junta-se a discretas frutas em compota e toques equilibrados de madeira. Em boca, é potente e marcante, com muito corpo. Traz frutas, caramelo e café num final longo e agradável. Excelente!
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